terça-feira, 17 de dezembro de 2013

OCORRENDO TUDO BEM

O nosso apartamento já estava decorado, tudo estava tão lindo. Um banheiro espaçoso, uma sala que tinha pintura de mandeira, uma TV embutida na parede, piso de madeira. O quarto do Vitor Rafael, bem lindo, com prateleiras cheias de brinquedos, seus carrinhos, seus bonecos. E tantas outras coisas. A cozinha impressionava, tudo estava tão lindo e tão bem. Marizete, me ajudou a fazer algumas arrumações.

- Eu gosto do desenho da logo do Luan que tem na casa de vocês. Poderia ter um aqui também, não é ? – dizia, apontando para a parede da sala.
- Meu filho já vai sair de casa ? É isso mesmo ? Não acredito – Marizete dizia emocionada. Sentou-se, colocou a mão no rosto e chorou.
- A senhora não precisa ficar assim, ele vai ficar indo na casa de vocês, sempre. Não quero que ele se afaste da senhora, do Amarildo, da Bruna, eu não quero que ele se afaste e ele também não quer se afastar de vocês. É só uma fase, a senhora sabe disso.
E também o Luan vai adorar ver a senhora aqui quando chegar de viagem, vai adorar as visitas que vocês irão fazer. E nós não vamos deixar de frequentar a sua casa.

- Eu estou com o coração apertado porque ele vai sair de casa, porque eu sou mãe. Você vai entender quando o seu filho crescer. Mas eu estou feliz, muito feliz por ele ter encontrado uma pessoa tão  maravilhosa, pra dividir um lar. Obrigada por cuidar tão bem do meu filho, obrigada mesmo.
- Eu quem agradeço a senhora, por ter educado tão bem o seu filho. Ele está repassando o que aprendeu com a senhora e com o seu marido, para o nosso filho agora. E eu tenho muito que agradecer a senhora, pelo os conselhos, pelo os puxões de orelha e também por nunca ter me abandonado.
- Não me faz chorar mais ainda, menina – rimos. – Já dei sim, puxões de orelha em você, no Luan principalmente, porque ele é desligadinho e cabeça dura também.
- Mas enfim, mãe é assim mesmo. Fico imaginando quando o meu pequenininho estiver na sua adolescência, vou ter um pouquinho de dor de cabeça.

Conversamos mais um pouco e fomos terminar de arrumar as outras coisas.

- Bárbara, o casamento está chegando. Falta apenas seis semanas. Nervosa ?
- Está começando a me dá um friozinho na barriga. E ainda nem vi o vestido de noiva ainda. Que nervoso deu agora – ri.
- O Luan ainda não viu o terno. Já resolveram igreja, buffer, decoração, recepção. E o vestido e terno ainda não viram ?
- Tenho medo de provar o vestido, deixar tudo certinho e no dia não entrar.
- Vai com a Bruna a noite para a academia.
- Vou sim ! Estou me relaxando demais. Só vou malhar quando o Luan está por aqui, e ele só volta amanhã. Já sei !
- O que ?
- Vou começar a caminhar de novo, depois eu faço um exercício pequeno, pra poder controlar o meu peso. Estou ficando gordinha.
- Não está gordinha, mas se você quer ficar bem no vestido, é bom sim fazer exercício, além do mais é bom para a saúde.

Terminamos de arrumar tudo, fui com a Marizete para sua casa, o Vitor estava com o seu avô brincando de um joguinho em cima do tapete na sala. Bruna estava na cozinha e escutava música, ao mesmo tempo cozinhava, aquela menina era boa na cozinha.
A noite, banhei o Vitor e o coloquei para dormir e cai na cama feito pedra, estava bem casada, aquele dia tinha sido bem puxado. As horas passaram rápido demais. Acordei sentindo beijos no rosto e até pensei que poderia ser o meu filho, mas ao abrir os olhos encontrei o homem da minha vida ali na minha frente, Luan estava sentadinho ao meu lado da cama e sorria para mim.

- Bom dia, meu amor – ele dizia.
- Bom dia ! Você não iria chegar só amanhã ?
- Bárbara, eu falei ‘ bom dia ‘. Já são oito horas da manhã.
- Nossa ! Mas já é de manhã ? Eu acabei de dormir – escondi o meu rosto no travesseiro. Mas ele tirou.
- Sério ? Você veio dormir agora de manhã ?
- Não amor, é que as horas passaram rápidas demais.
- Ah ! Deixa eu dá um beijinho em você  - ele ia se aproximando.
- Deixa eu só escovar os dentes e lavar o rosto. Já nos falamos.
- Tudo bem, vai lá.

No banheiro fiz minhas necessidades e ao sair do quarto não o encontrei mais. Aproveitei para trocar de roupa. Já nas escadas escutava a risada do Vitor com Luan, os dois viviam brincando. Os passos deles foram se afastando, todos foram para a cozinha.

- Bom dia – disse ao entrar na cozinha.
- Olha quem chegou !
- Eu disse ao Luan que era pra deixar você dormir mais um pouco, ontem você fez tanta coisa e pela tarde você dormiu pouquinho.
- Sem problemas ! Tem coisas melhor do que acordar com o Luan me chamando, me dando beijos ? Espero que isso aconteça mais vezes – todos riram e o Luan beijou a minha mão, rindo também.
- Filho, o apartamento está lindo. Você precisa ir lá olhar.
- Claro irei sim, ainda hoje. Pai, você já foi ?
- Ainda não, mas vou assim que puder.
- Eu também não fui, quero olhar, até porque eu ajudei a escolher algumas coisas – dizia a Bruna, rindo.

A tarde fomos no apartamento, o Luan todo encantando saiu andando pela a casa com o Vitor no colo, olhava cada lugar encantando.

- Muito massa, cara.
- Gostou mesmo ? – perguntei.
- Gostei, sério mesmo. Fera hein ? – ele entrou em nosso quarto. – Olha esse quarto, caramba que massa. Gostei de tudo. Quando vai colocar os lençóis, essas coisas ?
- Melhor quando já estivermos aqui.
- Beleza ! Mas ficou muito legal.


{...}

Luan passou poucos dias em casa, ele tinha tanto trabalho para cumprir antes do nosso casamento. E por isso a Dagmar iria com ele até um atelier em São Paulo, ver o seu terno. Eu também aproveitei alguns dias, para ver o meu vestido. Os convites foram entregues para todos os convidados, claro. 

Tivemos um pequeno problema com a igreja, mas que foi resolvido pelo o meu sogro. A igreja a qual iríamos nos casar, iria ser reformada justo no mês do casamento. Pois então, combinamos com o padre e decidimos que a cerimônia iria acontecer em um lugar mais reservado, um contato com a natureza, com o campo. E encontramos um lugar maravilhoso, que já estava sendo preparado para a cerimônia.Yana, uma amigona que eu tinha conquistado em São Paulo, chegaria uma semana antes com o Ricardo, o seu futuro noivo também. 

Meus dois primos que eu tinha a maior consideração, estavam prestes a chegar, assim mataríamos a saudade. Além da minha irmã, da minha pequena Ana Clara que já estava enorme. Da minha querida mãe. O marido da minha irmã, não estaria presente, ele tinha uma viagem de negócios e viajaria para Los Angeles. Tinha também os familiares do Luan, que não era pouca gente, chegaria muitos de Campo Grande, para nos prestigiar, também alguns de Santa Catarina. 

Amigos de muito tempo do Luan, que ele não perdeu contato e que fazia questão de tê-los no casamento, estavam na lista.E a cada piscar de olhos, estava mais perto para o grande dia. Eu já começava a ficar mais nervosa. E mais ainda porque o meu noivo não me ligava mais. Porém, ele chegaria naquela noite. E assim que ele chegou, me convenceu de ir para a academia e lhe acompanhei.


sábado, 14 de dezembro de 2013

PLANOS

No dia seguinte, acordei cedo com o Vitor e fomos tomar café da manhã com os pais de Luan, seu tio e sua irmã. Na mesa, o Amarildo acabou contando o que tinha acontecido na noite anterior. Pois então, aquilo gerou uma discussão tremenda entre eu e o Luan, mas depois tudo foi resolvido, acabamos indo pescar juntos.  Aquele dia não era o meu dia de sorte, tudo estava tranquilo, até quando eu tropecei no barco ao sair e caindo na água, muita sorte era que  meu celular não estava no bolso e sim dentro da bolsa da Dona Marizete. Estava toda ensopada, e a minha sogra disse que eu poderia ir tomar um banho, que ficaria com o meu filho.

O Luan e eu, fomos para o nosso quarto e ele não parava de rir de mim, lembrando do acontecido. Ao chegarmos no quarto, entramos no banheiro juntos e tomamos banho agarradinhos, era tão gostoso aquele clima, meio romântico.  Sai do banho o deixando terminar o seu, coloquei uma lingerie e fiquei em frente ao espelho, me senti gorda ao me ver naquele espelho tão grande. Luan saiu do banheiro enrolado em uma toalha, se aproximou de mim, me deu um beijo no rosto, passando suas mãos pelo o meu corpo. Ele  me levou até a cama, não tirava suas mãos da minha cintura. Beijando o meu pescoço, onde causava arrepios.

- Luan, para ! – disse quando ele já estava em cima de mim.
- Não quero parar – ele sussurrava em meu ouvido. Quando me dei conta, estava sem as minhas peças intimas e sendo amada, pelo o meu amado. Apesar que eu não queria, mas eu não resisti ao seus toques, seus beijos.
- É porque não queria, não é ?
- Eu realmente não queria.
- Segui seu ritmo bem lento – Luan ria, e me dava beijos no rosto.
- Vou ficar aqui com você não – quando ia me levantando o Luan me puxou, cai em cima de suas pernas, se levantou um pouco e me deu um beijo. – Sai, Luan.
- Não saio, para de ser chata. Quero de novo ! – ele selava os meus lábios.
- Não !
- Só mais um pouquinho ?
- Menino ! Para com essas coisas.
- (risos) Mais tarde, meu amor – arrumei o meu vestido e sai do quarto.

{...}

Os dias que passamos naquela pousada, foi maravilhoso, bem divertido também. Não vimos mais o Beto, sua lua de mel tinha acabado, sua esposa tinha que volta a trabalhar, assim como ele também. Foi até bom, pois ele sempre era o motivo das minhas discussões com o Luan. Voltamos para Londrina e o Luan foi para os seus compromissos, fazer os seus shows.

Também estávamos com vários planos, combinei com a Marizete de irmos em uma loja de móveis planejados, era tudo tão lindo os materiais e na loja que eu já tinha programado ir, tudo era de primeira.  Compramos os móveis que precisava, os principais, também fizemos algumas compras para a cozinha, como copos, talheres e entre outras coisas. A loja de móveis planejados, iria deixar tudo arrumado no dia seguinte, no apartamento o qual eu iria morar com o Luan.

Passamos na emissora a qual eu trabalhava, apresentei a Marizete a minha ex-patroa, que também era uma amiga, ela aproveitou para falar a Marizete o quanto a sua filha gostava do Luan e elogiava ele por demais, fazendo a minha sogra se emocionar ao ouvir coisas tão lindas dela.

Os  dias seguintes foram cheios de compromissos. O Vitor ainda dormia na casa dos avós, eu procurava uma babá para ficar com ele pela tarde, quando eu não estivesse em casa, fiz entrevista com várias mulheres que ligou quando viu o anuncio que precisava de babá. Conversei com todase nenhuma me agradou, até chegar uma última que já gostei de cara, ela se chamava Júlia, tinha seus 40 anos. Morena, dos olhos azuis, tinha três filhos. 

Conversamos por muito tempo e eu peguei o seu contato, o que eu não tinha feito com as outras.
Na madrugada daquele dia, o Luan me ligou. Estava na casa dos seus pais e dormia com o Vitor, acordei sonolenta á procura do meu celular que estava alto e poderia acordar o meu filho, e ele já estava quase acordando.

- Oi amor – disse assim que atendi, sabia que era o Luan.
- Acordei você, não foi ?
- (risos) Acordou sim, mas não tem problema.
- Desculpa ! É que acabou o show, cheguei no hotel e me deu uma vontade tão grande de falar com você, escutar tua voz, te ouvir me chamar de amor.
- Amor ! Que lindo.
- Tudo bem com você, não é ?
- Sim, sim. Está tudo ótimo e com você ?
- Tudo certinho. O que tem de novo pra me contar ? – contei para o Luan sobre a babá, que na verdade os pais do Luan tinha me dado a ideia, e ele amou a tal da ideia.
- Ela é muito legal, super mãe.
- Legal ! Quero que ela cuide bem do nosso filho.
- Ela  vai cuidar sim. Espero !
- Babi, fica conversando comigo até me dá soninho ?
- Fico sim. Vou ficar aqui até você dormir.

A primeira conversa foi sobre nós dois, os preparativos para o casamento, ele contava como queria o casamento e eu dava as minhas ideias.

- Como eu queria está do seu lado, meu amorzinho. Sentindo o seu cheirinho, te dando beijinhos, te fazendo carinho, te amando.
 - Estou te esperando. Não vejo a hora de te ver, fazer um carinho gostoso em você até você dormir do meu lado, me abraçando. Não vou me acostumar nunca com sua ausência, o que eu faço hein ?
- Vai até o meu guarda-roupa.
- O que tem lá ?
- Pega uma camisa que você quando eu uso – sai da cama e fui até o guarda-roupa, pegando a blusa que eu mais gostava quando ele usava.  A blusa a qual tínhamos passado a nossa primeira noite juntos, eu lembrava. – Pegou ?
- Sim !
- Qual você pegou ?
- Aquela que passamos a nossa primeira noite juntas.
Luan, pediu que eu vestisse a camisa. Ele dizia que aquilo iria me fazer mais perto dele, mas não adiantou nada, só me fez sentir mais saudades.
- Agora o sono bateu, meu amor. Vou dormir, beleza ?
- Logo agora ? O meu sono foi embora.
- Vou cantar um pouquinho pra você e vou dormir – ele bocejou. – Sono chegou naquele poder, mas vou cantar pra minha princesa.

E assim ele fez, ficou cantando pra mim e depois nos despedimos, ele estava cansado.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

CIÚMES

- Foi a pessoa que você acabou de ver ?
- Me deixa sozinho, Bárbara.
- Eu não vou deixar você sozinho, porque ... – não terminei de falar, pois o Luan não deixou, já que me olhou sério e entendi. Sai , lhe deixando sozinho como queria.

Alguns minutos depois olhei para o mesmo lugar que eu tinha deixado o Luan, perto de uma janela, onde ele continuava olhando as pessoas pescarem. Fui até ele, dessa vez não quis saber se seria ignorada, eu tinha que está ao seu lado.

- Eu também sinto ciúmes de você. É ruim isso não é ? – eu falava como uma tola, ele continuava em silêncio. Escutamos umas pessoas rirem, olhamos para o lado e encontramos o Beto junto com a sua esposa, ela era muito bonita e fiquei feliz em vê-lo alegre daquele jeito ao lado dela, ele merecia uma boa mulher.

- Oi Bárbara – disse a mulher que estava com o Beto, o Luan se afastou da janela e olhou para a mesma direção que eu, ao ver o Beto fez uma careta e voltou a olhar as pessoas pescarem.
- Oi, conheço ? – perguntei, já que aquela mulher se mostrou tão intima de mim.
- Sou a esposa do Beto, ele me contou sobre vocês. Uma amizade muito bonita. Espero que essa amizade não se acabe, vejo que é uma ótima pessoa e eu não tenho ciúmes, vou logo avisando – ela disse sorrindo, era simpática e mostrava sinceridade. – Apareça em nossa casa, vão nos visitar.

O Beto, não falava nada apenas nos observava sorrindo.
- Irei sim , levarei o meu noivo e o meu filho. Pode ser ?
- Claro, esperamos vocês. Estamos indo, qualquer coisa pode ir em nosso quarto.
Ela olhou para o Beto e deu um beijo em seu rosto. Fiquei pensativa, ela disse não ter ciúmes e porque estava fazendo aquela cena ? Sorri para ela e nos despedimos.
- Irônica ela não é ? – disse para o Luan que continuava do mesmo jeito.
- Não quero saber de nada, Bárbara.
- Não acredito, Luan ! Viemos para esse lugar, para discutirmos ? Eu nem falei com ele, imagina se eu tivesse cumprimentado ele ? Que besteira.


{...}

Eu não conseguia gostar daquele cara, eu sentia raiva dele por já ter tentado algo com a minha Bárbara. Eu me sentia inseguro também, por ver que ela admirava ele. Eu tinha medo também, na verdade eu tenho medo de um dia ela cansar de mim e correr para os braços deles, mesmo ele casado agora. Para não brigarmos pelo o Beto, eu resolvi ficar um pouco quieto, ela insistiu em ficar do meu lado, me perguntar o que estava acontecendo, mas eu preferi não responder nada.

Com isso a Bárbara passou a tarde com a minha irmã, o meu filho e a minha mãe em um lugarzinho que parecia um shopping, ali perto da pousada que estávamos. Eu, resolvi esfriar a cabeça, indo para o quarto e dormindo a tarde inteira. Ao acordar pela noite vi que ao meu lado tinha várias sacolas, com certeza a Bárbara aproveitou. Olhei para a janela e já era noite, senti falta dela e do meu filho e sai do quarto.

Fui para o lago da pousada e encontrei todos ali, e ela estava lá, linda com o nosso filho em seu colo, ao seu lado a esposa do Beto, em frente a elas, o meu pai e o Beto conversavam. Me aproximei devagar e sentei ao lado dela :

- Oi , agora está mais calmo ?  - ela me perguntou passando a mão em meu rosto.
- Não estava estressado.
- Chateado comigo ?
- Não !
- E essa carinha ? – ela beijou o meu rosto. – Vamos pro quarto ?
- Acabei de sair de lá, vou ficar por aqui mesmo.
- Tem certeza ? – Bárbara me perguntava com um sorriso malicioso no rosto.
- Tenho, Bárbara – falei um pouco impaciente, tinha acabado de acordar e ela começou a me encher de perguntas, eu ficava louco.
- Quanto mais velho você vai ficando, mas grosso também vai ficando.
- Não estou sendo grosso com você.
- Tudo bem, vou subir então com o Vitor.
- Deixa ele aqui comigo ? – ela não falou nada, apenas colocou o meu filho em meu colo, se despediu de todos e foi se afastando aos poucos. Pedi licença a esposa do Beto e fui participar da conversa do meu pai com o Beto, eles conversavam sobre, jornalismo, faculdade. Estava perdido naquela conversa.

Até o meu pai pegar o Vitor de mim e se afastar, indo até a minha mãe que agora conversava com a minha irmã e a esposa do Beto. Aproveitei para conversar com ele.

- É bem estranho está cara a cara, com o homem que me fez separar da minha mulher.
Um beijo, acaba com qualquer casamento. – fui tolo em começar daquele jeito, aquela conversa, mas já tinha saído e eu queria ver qual era a dele.
- Eu agora sou casado, Luan. Não vamos ficar comentando sobre isso aqui, perto da minha mulher. E já passou também não é ? Vocês dois estão juntos de novo.
- Para sua infelicidade, talvez.
- Para a minha infelicidade ? Pois saiba que eu estou muito feliz em saber que vocês estão juntos novamente, até porque a Bárbara te ama e o lugar dela é ao seu lado. É uma pena, saber que no começo eu presenciei coisas terríveis entre vocês dois, você não soube reconhecer o amor que ela sentia por você. E sobre o beijo, foi apenas um acidente, não precisava ter maltratado tanto ela daquele jeito. Mas você é um moleque, e os moleques fazem isso.
- Você beija a minha noiva e depois vem aqui me chamar de moleque ? Você é um tanto adulto então, não é ? Creio que quem faz isso, beijar mulher comprometida, não é considerado um homem.
- Eu sou adulto o suficiente pra entender e dar valor a um sentimento de uma mulher. O que a Bárbara passou durante a gestação dela não foi brincadeira, você abandonou ela, cara. No momento que ela mais precisava, você simplesmente deixou ela de lado.
- Você não sabe de nada, cara. Não sabe o quanto eu sofri também com essa separação que você fez com que acontecesse, você estragou o nosso relacionamento.
- Luan, não vou ficar aqui discutindo isso com você.

Ele ia saindo, mas voltou e tocou em um assunto que me irritou demais, e a única coisa que se passou na minha cabeça, foi fechar a minha mão e socar a cara dele.
- Luan ! Você ficou maluco ? Para com isso. Vai pro seu quarto.

Minha mãe assustada com o Vitor em seus braços, foi comigo até o meu quarto. Bárbara abriu a porta e eu sai disparado para o banheiro.