O nosso
apartamento já estava decorado, tudo estava tão lindo. Um banheiro espaçoso,
uma sala que tinha pintura de mandeira, uma TV embutida na parede, piso de
madeira. O quarto do Vitor Rafael, bem lindo, com prateleiras cheias de
brinquedos, seus carrinhos, seus bonecos. E tantas outras coisas. A cozinha
impressionava, tudo estava tão lindo e tão bem. Marizete, me ajudou a fazer
algumas arrumações.
- Eu gosto do desenho da logo do Luan que tem na casa de vocês. Poderia ter um aqui também, não é ? – dizia, apontando para a parede da sala.
- Meu filho
já vai sair de casa ? É isso mesmo ? Não acredito – Marizete dizia emocionada.
Sentou-se, colocou a mão no rosto e chorou.
- A senhora
não precisa ficar assim, ele vai ficar indo na casa de vocês, sempre. Não quero
que ele se afaste da senhora, do Amarildo, da Bruna, eu não quero que ele se
afaste e ele também não quer se afastar de vocês. É só uma fase, a senhora sabe
disso.
E também o
Luan vai adorar ver a senhora aqui quando chegar de viagem, vai adorar as
visitas que vocês irão fazer. E nós não vamos deixar de frequentar a sua casa.
- Eu estou com o coração apertado porque ele vai sair de casa, porque eu sou mãe. Você vai entender quando o seu filho crescer. Mas eu estou feliz, muito feliz por ele ter encontrado uma pessoa tão maravilhosa, pra dividir um lar. Obrigada por cuidar tão bem do meu filho, obrigada mesmo.
- Eu quem
agradeço a senhora, por ter educado tão bem o seu filho. Ele está repassando o
que aprendeu com a senhora e com o seu marido, para o nosso filho agora. E eu
tenho muito que agradecer a senhora, pelo os conselhos, pelo os puxões de
orelha e também por nunca ter me abandonado.
- Não me faz
chorar mais ainda, menina – rimos. – Já dei sim, puxões de orelha em você, no
Luan principalmente, porque ele é desligadinho e cabeça dura também.
- Mas enfim,
mãe é assim mesmo. Fico imaginando quando o meu pequenininho estiver na sua
adolescência, vou ter um pouquinho de dor de cabeça.
Conversamos mais um pouco e fomos terminar de arrumar as outras coisas.
- Bárbara, o casamento está chegando. Falta apenas seis semanas. Nervosa ?
- Está
começando a me dá um friozinho na barriga. E ainda nem vi o vestido de noiva
ainda. Que nervoso deu agora – ri.
- O Luan
ainda não viu o terno. Já resolveram igreja, buffer, decoração, recepção. E o
vestido e terno ainda não viram ?
- Tenho medo
de provar o vestido, deixar tudo certinho e no dia não entrar.
- Vai com a
Bruna a noite para a academia.
- Vou sim !
Estou me relaxando demais. Só vou malhar quando o Luan está por aqui, e ele só
volta amanhã. Já sei !
- O que ?
- Vou começar
a caminhar de novo, depois eu faço um exercício pequeno, pra poder controlar o
meu peso. Estou ficando gordinha.
- Não está
gordinha, mas se você quer ficar bem no vestido, é bom sim fazer exercício,
além do mais é bom para a saúde.
Terminamos de arrumar tudo, fui com a Marizete para sua casa, o Vitor estava com o seu avô brincando de um joguinho em cima do tapete na sala. Bruna estava na cozinha e escutava música, ao mesmo tempo cozinhava, aquela menina era boa na cozinha.
A noite,
banhei o Vitor e o coloquei para dormir e cai na cama feito pedra, estava bem
casada, aquele dia tinha sido bem puxado. As horas passaram rápido demais. Acordei
sentindo beijos no rosto e até pensei que poderia ser o meu filho, mas ao abrir
os olhos encontrei o homem da minha vida ali na minha frente, Luan estava sentadinho
ao meu lado da cama e sorria para mim.
- Bom dia, meu amor – ele dizia.
- Bom dia !
Você não iria chegar só amanhã ?
- Bárbara, eu
falei ‘ bom dia ‘. Já são oito horas da manhã.
- Nossa ! Mas
já é de manhã ? Eu acabei de dormir – escondi o meu rosto no travesseiro. Mas
ele tirou.
- Sério ?
Você veio dormir agora de manhã ?
- Não amor, é
que as horas passaram rápidas demais.
- Ah ! Deixa
eu dá um beijinho em você - ele ia se
aproximando.
- Deixa eu só
escovar os dentes e lavar o rosto. Já nos falamos.
- Tudo bem,
vai lá.
No banheiro fiz minhas necessidades e ao sair do quarto não o encontrei mais. Aproveitei para trocar de roupa. Já nas escadas escutava a risada do Vitor com Luan, os dois viviam brincando. Os passos deles foram se afastando, todos foram para a cozinha.
- Bom dia – disse ao entrar na cozinha.
- Olha quem
chegou !
- Eu disse ao
Luan que era pra deixar você dormir mais um pouco, ontem você fez tanta coisa e
pela tarde você dormiu pouquinho.
- Sem
problemas ! Tem coisas melhor do que acordar com o Luan me chamando, me dando
beijos ? Espero que isso aconteça mais vezes – todos riram e o Luan beijou a
minha mão, rindo também.
- Filho, o
apartamento está lindo. Você precisa ir lá olhar.
- Claro irei
sim, ainda hoje. Pai, você já foi ?
- Ainda não,
mas vou assim que puder.
- Eu também
não fui, quero olhar, até porque eu ajudei a escolher algumas coisas – dizia a
Bruna, rindo.
A tarde fomos no apartamento, o Luan todo encantando saiu andando pela a casa com o Vitor no colo, olhava cada lugar encantando.
- Muito massa, cara.
- Gostou
mesmo ? – perguntei.
- Gostei,
sério mesmo. Fera hein ? – ele entrou em nosso quarto. – Olha esse quarto,
caramba que massa. Gostei de tudo. Quando vai colocar os lençóis, essas coisas
?
- Melhor
quando já estivermos aqui.
- Beleza !
Mas ficou muito legal.
{...}
Luan passou
poucos dias em casa, ele tinha tanto trabalho para cumprir antes do nosso
casamento. E por isso a Dagmar iria com ele até um atelier em São Paulo, ver o
seu terno. Eu também aproveitei alguns dias, para ver o meu vestido. Os convites
foram entregues para todos os convidados, claro.
Tivemos um pequeno problema com a igreja, mas que foi resolvido pelo o meu sogro. A igreja a qual iríamos nos casar, iria ser reformada justo no mês do casamento. Pois então, combinamos com o padre e decidimos que a cerimônia iria acontecer em um lugar mais reservado, um contato com a natureza, com o campo. E encontramos um lugar maravilhoso, que já estava sendo preparado para a cerimônia.Yana, uma amigona que eu tinha conquistado em São Paulo, chegaria uma semana antes com o Ricardo, o seu futuro noivo também.
Meus dois primos que eu tinha a maior consideração, estavam prestes a chegar, assim mataríamos a saudade. Além da minha irmã, da minha pequena Ana Clara que já estava enorme. Da minha querida mãe. O marido da minha irmã, não estaria presente, ele tinha uma viagem de negócios e viajaria para Los Angeles. Tinha também os familiares do Luan, que não era pouca gente, chegaria muitos de Campo Grande, para nos prestigiar, também alguns de Santa Catarina.
Amigos de muito tempo do Luan, que ele não perdeu contato e que fazia questão de tê-los no casamento, estavam na lista.E a cada piscar de olhos, estava mais perto para o grande dia. Eu já começava a ficar mais nervosa. E mais ainda porque o meu noivo não me ligava mais. Porém, ele chegaria naquela noite. E assim que ele chegou, me convenceu de ir para a academia e lhe acompanhei.
Tivemos um pequeno problema com a igreja, mas que foi resolvido pelo o meu sogro. A igreja a qual iríamos nos casar, iria ser reformada justo no mês do casamento. Pois então, combinamos com o padre e decidimos que a cerimônia iria acontecer em um lugar mais reservado, um contato com a natureza, com o campo. E encontramos um lugar maravilhoso, que já estava sendo preparado para a cerimônia.Yana, uma amigona que eu tinha conquistado em São Paulo, chegaria uma semana antes com o Ricardo, o seu futuro noivo também.
Meus dois primos que eu tinha a maior consideração, estavam prestes a chegar, assim mataríamos a saudade. Além da minha irmã, da minha pequena Ana Clara que já estava enorme. Da minha querida mãe. O marido da minha irmã, não estaria presente, ele tinha uma viagem de negócios e viajaria para Los Angeles. Tinha também os familiares do Luan, que não era pouca gente, chegaria muitos de Campo Grande, para nos prestigiar, também alguns de Santa Catarina.
Amigos de muito tempo do Luan, que ele não perdeu contato e que fazia questão de tê-los no casamento, estavam na lista.E a cada piscar de olhos, estava mais perto para o grande dia. Eu já começava a ficar mais nervosa. E mais ainda porque o meu noivo não me ligava mais. Porém, ele chegaria naquela noite. E assim que ele chegou, me convenceu de ir para a academia e lhe acompanhei.