O taxi que
peguei ao chegar em Londrina me deixou bem em frente a casa dos pais do Luan ,
ele continuava morando ali. A minha entrada foi liberada , pois o porteiro que
estava me conhecia. Vi pessoas saindo casa , estava bem movimentado , talvez
estava tendo um churrasco. Um carro com janela preta esperava alguém ao lado de
fora.
Sai do taxi e vi o Vitor segurando a mão do Luan , ele foi o primeiro a me ver , soltou da mão do pai que se assustou e olhou para o Vitor correndo em minha direção.
- MAMÃE ! – ele estava lindo , corria e falava direitinho.
- Filho ! –
fiquei ajoelhada e ganhei um dos abraços o qual eu estava precisando , aquele
abraço fazia com que eu esquecesse todas as coisas ruins da vida. – Filho que
saudades. Meu Deus ! Como você está grandão e tão lindo.
- Estava com
saudades.
- Eu também
estava com saudade meu amor. Que coisa linda , meu Deus , a mamãe não vai te
largar mais , vai está sempre do seu lado , viu ? – ele afirmou com a cabeça.
- Bárbara ,
oi – dizia a Marizete.
- Marizete ,
como a senhora está ? – me levantei e abracei ela.
- Está tudo
ótimo e com você ?
- Estou bem e
agora vendo o meu filho , estou ótima –
sorri para ela. Olhei para o meu lado e o Luan arrumava o boné e me dava
algumas olhadas. – Oi Luan !
- Oi Bárbara
, tudo bem ? – ele me deu um abraço. Aquele abraço apertado , eu necessitava ,
sim , daquele abraço. E parecia que ele também.
- Vamos lá ,
Luan – chamava o Wellington.
- Oi
Wellington , como está ?
- Eu estou
bem , Bárbara. Quanto tempo.
- Muito tempo
, mesmo – lhe dei um abraço.
- Vamos ,
Luan.
- Fala com o
seu pai , meu amor – disse para o Vitor.
- Papai !
- Oi meu
garotão , vem aqui dá um abraço no pai – Luan pegou ele em seu colo e os dois
se abraçaram , vi o quanto ele ficava sentido com aquela despedida.
Luan foi embora e eu fui convidada para entrar na casa da Marizete , conversamos , choramos e ela me disse tantas palavras bonitas. E eu lembrei uma coisa naquele dia , naquela nada , seria o nosso casamento , o meu casamento com o Luan , tudo tinha sido cancelado por um mal entendido. Aconteceu de forma errada e eu não conseguia aceitar que tudo tinha acabado daquela forma. Amarildo sentou-se ao meu lado.
- Bárbara ! Eu sempre estou falando com o Luan , ele comenta pouco sobre esse assunto de casamento e da relação de vocês. Talvez ele não queira mostrar que senti algo ainda , sabe ? E com o Vitor , o que ele fez em pedir a guarda foi bom por uma parte , porque você tem que trabalhar e não tinha como ficar levando para o seu trabalho. Entende isso , Bárbara ?
- Eu gostaria
muito de entender , Amarildo. Mas eu não consigo. O Luan deveria ter conversado
comigo melhor , poderíamos ter entrado em um acordo , mas o que ele fez , foi
logo pedir a guarda do meu filho. Isso me desesperou.
Eu , Amarildo
e Marizete tivemos uma conversa longa e eu não larguei nem por um segundo o meu
filho , a saudade acumulada era muita.
{ ... }
Dormi uns
dias na casa da Bianca , mesmo depois de tudo o que ela tinha me feito.
Evitávamos conversar sobre o Luan , apesar que ela tinha me perguntado sobre
ele , apenas uma vez. Mas não respondi. Todos os dias , ia até o condomínio
para ver o Vitor , acordava cedinho todos os dias e deixava ele na escolinha. Era tão lindo
vê-lo entrando na escolinha , com a bolsa nas costas , com a farda e
sorridente. Nos primeiro dias que levei ele até a escola , ele chorou ,
pensando que eu iria deixá-lo ali e nunca mais iria vê-lo.
Com tantos
dias passados , soube que o Beto tinha se casado. Agradeci mentalmente por isso
, conversei com ele apenas uma vez por telefone , desejando felicidades. No
final de semana o Luan voltou e me ligaram me convidando para um churrasco , a
Marizete quem ligou , me convidando junto com a Bianca. Ela não quis ir.
Mas no dia do
churrasco me ajudou a escolher uma roupa , ainda fez uma maquiagem levinha , já
que ela caprichava nesse assunto , maquiagem. Coloquei um short um pouco curto
e desfiado , uma blusa branca com um decote um pouco aberto na frente , também
usei um salto. Ao chegar no condomínio fui recebida pela a Bruna , nos
abraçamos forte , logo após chegou o Vitor que me deu um beijo e pela primeira
vez , disse que me amava , pensa na
emoção de mãe ouvir aquilo de um filho.
- Eu que te amo , meu amor. A mamãe ama muito muito você , mas tanto , tanto , que nem cabe no meu coraçãozinho , fica transbordando.
Segurei a mão do meu filho e fui seguindo a Bruna que me levou para área da piscina , tinha movimento. Os amigos do Luan e da família estavam ali , mesmo no espaço um tanto pequeno que era aquela área , mas dava para um churrasco e um banho de piscina , tranquilo. Olhei para o Luan e vi que ele estava bebendo , uma cerveja , nunca tinha lhe visto tomando aquele tipo de bebida , era mais outros , porém com álcool.
Sentei em uma cadeirinha atrás do Luan , com o Vitor em meu colo , comíamos carne , tomávamos refrigerante ,estava amando ficando daquele jeito , cuidando do meu filho. Luan não tinha muito reparado a minha chegada , na verdade nem olhado pra mim , mas provavelmente já sabia que eu estava ali. Um amigo do Luan pegou o violão e começou a cantar uma música conhecida , do Fernando e Sorocaba.
- Essa machuca demais , rapaz – disse o Luan.
- Diz pra ela que eu mudei de cidade , que eu
fui viajar com os meus amigos.
Diz pra ela que eu ‘’tô ‘’ curtindo a liberdade
e que eu ‘’tô’’ trabalhando e tudo tá corrido.
Fala que me viu feliz demais e que tá tudo lindo.
Só não conta que eu pirei e nem que eu fiquei
louco , não deixa ela saber que eu tô morrendo aos poucos , inventa a história
que você quiser ,
não conte a verdade a amo e sinto saudade ...
Diz pra ela que agora eu moro na praia , que eu
vivo a vida que pedi pra Deus. Diz que toda noite me vê na balada e que todos
querem ser amigo meu.
Fala que
eu encontrei a paz e que me viu sorrindo – Luan estava com a cabeça baixa
e ás vezes balançava , confirmando algo. – Eu
só quero que ela lembre dos momentos mais bonitos e esse sofrimento é meu e não
vai ser dividido.
Ao terminar aquela música que o seu amigo cantou , ele olhou para trás e tomou um susto , deu um sorriso e chamou o Vitor.
- Vitor vem aqui ... – mas ele não queria ir.
- Vai lá filho no papai – Vitor não queria então o
Luan desistiu.
Mais uma moda que o Luan adorava ouvir , dessa vez foi Zezé di Camargo e Luciano que puxaram na rodinha , ele óbvio cantava junto com os seus amigos , até uma parte que deixaram ele cantar sozinho.
- Quando fico em seus braços , me faz bem o seu perfume , sem você na minha vida , quase morro de ciúmes – ele cantou apenas aquele trecho , logo após se levantou e saiu de cabeça baixa , entrando em sua casa.
- Vai lá ,
Bárbara – dizia a Bruna , se aproximando de mim.
- O que foi ?
– perguntei sem entender.
- Ele está
chorando , vai lá.
- E eu vou
fazer o que ?
- Bárbara vai
lá. Licença , meu netinho lindo – Marizete se aproximou , ela me puxou e
sentou-se no meu lugar. – Ele deve está na cozinha.
Fui até a
cozinha mas o Luan não estava ali , por tanto subi as escadas e a porta do seu
quarto estava aberta mas ele não estava ali , tomei um susto ao ver o Luan
saindo do banheiro que tinha no corredor.
- Vai entrar ? – ele perguntou abrindo a porta para mim.
- Aconteceu
alguma coisa ? – perguntei.
- Só vim ao
banheiro. Porque ? Isso te importa ?
- Até quando
vai me tratar desse jeito ?
- Não estou
te tratando indiferente e se estiver ,me desculpa.
Luan me deixou sozinha ali e desceu as escadas voltando para o pessoal , eu fiz a mesma coisa ,sentando no mesmo lugar que estava.
- E aí ? – perguntou Bruna.
- Ele só foi
no banheiro , estava chorando não.
- Estava sim.
Como ele é orgulhoso – dizia Marizete.
A noite o
Luan estava meio alteradinho por conta da bebida , não falava coisa com coisa e
o Vitor dormia em meus braços , fui levá-lo para o quartinho dele , coloquei na
cama e fiquei um pouco ao seu lado lhe vendo dormir. Escutei vozes e fui até o
corredor , o Luan estava cantando e dançando , ali sozinho.
- Luan , vai acordar o Vitor.
- Desculpa ,
‘’muié’’.
Você está
bêbado , criatura.
- Não estou
...
- Vem aqui eu
te ajudo – peguei em sua mão e o levei
no quarto. – Luan !
- Está
aproveitando não é , Bárbara ?
- Será que
não posso te ajudar sem você pensar coisas negativas ?
- Você pode
me ajudar , sim – deixei a porta um pouco aberta. – Não ! Fecha a porta assim , ‘’muié’’. Aprende a
fechar.
Luan fechou a porta e ainda trancou.
- Não tranca , menino – ele tentou tirar a camisa , mas não conseguia. Fui até ele e lhe tirei a camisa , depois o Luan sentou-se na cama e fiquei um pouco envergonhada de desabotoar sua calça.
- Eii - segurou em minha mão quando segurei sua
calça.
- Luan , isso
aqui está ruim – olhei para ele que segurou o meu rosto e se aproximou de mim ,
nos beijamos e o Luan já foi me deitando em sua cama , mas eu o empurrei. Ele
estava bêbado e se acontecesse algo ali , com certeza no dia seguinte não iria
se lembrar de nada e poderia se arrepender e eu óbvio não iria me passar por
aquilo.
- Vamos lá tomar um banho – Luan mesmo tirou a sua calça e ficou apenas de cueca , fui com ele até o box , e já foi tomar o banho. – Quando terminar me chama.
Bateram na
porta e ao abrir era o Amarildo , fiquei nervosa por ele me ver ali.
- Oi ,
Amarildo. Eu só ...
- Não precisa
se explicar , Bárbara – ele sorriu. – O Luan está bem ?
- Coloquei
ele no banho a gora.
- Ele bebeu
mais do que devia , cuida dele.
- Daqui a
pouco eu tenho que ir embora.
- Dorme com
ele , uai – ele falando rindo.
- Não ,
Amarildo. Não estamos mais juntos e isso não é certo.
- Bárbara ,
conversa com ele. Tchau ! – Amarildo fechou a porta e ao me virar encontrei o
Luan com a toalha enrolada em sua cintura.
mano ela nao pode se entregar para o luan isso nao!
ResponderExcluirAcho que Luan vai ter aliviado um pouco a cachaça, e eles vão dormir juntos.
ResponderExcluirdeixa eu curiosa não kkkk
ResponderExcluirnome:isaa
se ela morrer, leio mais nenhuma fic serio
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