sábado, 1 de junho de 2013

Capítulo 24

- Vem aqui pra você conhecer a minha prima de Manaus – dizia Bruna ,
descemos juntas indo até a sala.
- Está melhor , Bárbara ? – perguntou a Marizete.
- Estou sim , Dona Marizete. Obrigada por se preocupar.
- Bárbara , essa aqui é a Emanuella. É da família , minha prima e do Luan
 e sobrinha da minha mãe.
- Olá tudo bem ? – fui simpática
- Estou ótima. Bárbara que barrigão lindo.
- Ainda vai crescer muito.
- Mas está lindo , parabéns.
- Obrigada !
- Adivinha quantos anos essa menina tem ? – perguntou Bruna.
- 18 ?
- Eu bem queria ter 18 , assim seria de maior.
- E quantos anos você tem ? – estava surpresa.
- Tenho 15 anos.
- Sério ? Não parece – Emanuella era bem desenvolvida , tinha o maior corpão , um cabelo incrível , longo , ela era bem linda , mesmo.
- Pois é , eu tenho 15 anos.
- Muito linda ! Veio passar férias aqui ?
- Então , minha mãe me deixou passar quatro dias aqui depois já estou voltando para Manaus , fazia um tempo que não encontrava os meus tios , meus primos. A última vez que vim aqui , o Luan nem estava e agora nos reencontramos – até o seu jeito de falar , não era de uma menininha , mas sim de uma mulher , uma voz firme.
- Estou impressionada , eu com 15 anos não tinha esse jeito de falar , esse corpão. Todos aqui são bem desenvolvidos.
Tivemos uma longa conversa e em um momento não me senti muito bem , me senti sozinha do nada , fui para o quarto do Luan e me joguei em sua cama , chorei como se algo de grave tivesse acontecido comigo , mas não era. Gravidez sensível , essa me pegou de jeito.
Senti uma mão em meu ombro e quando olhei encontrei o Luan :
- O que foi amor ? – ele me perguntava preocupado.
- Não foi nada ...
- Ninguém chora por nada , Bárbara.
- Eu estou sensível , é só isso.
- (risos) Minha sensível  ! Se arruma você está quase deitando por cima da barriga. Posso ficar aqui te fazendo carinho , dando beijinhos , você quer ?
- Pode ficar aqui sim , meu amor – Luan deitou ao meu lado , coloquei a minha cabeça sobre o seu peito. Ele ligou a televisão e ficamos assistindo.
E enquanto assistíamos o Luan pegou o meu celular e tirou um tanto de fotos de nós dois.

{ ... }

No ano seguinte comecei a fazer uma bateria de exames e como eu era bem vaidosa com o meu corpo  , não parava os exercícios , caminhava ao sol , usava cremes corporal. E com o bebê , o quarto já estava pronto na casa dos pais do Luan , ele optou por eu passar alguns meses em sua casa ao lado do seus pais e de sua irmã , já que eu morava sozinha e ele não me queria deixar com o nosso filho , em um apartamento.
Março aniversário do Luan , ele completava seus 22 anos , fizemos um churrasco para amigos , família e outras pessoas a mais. Foi bem animado com roda de viola , banho de piscina. Naquele dia aproveitei bastante  :
- Gogó , vem aqui sentir o meu filho mexendo – o Luan chamou a sua maior  prima , ele adorava a Glória. Ela colocou a mão em  minha barriga , ficou sentindo o bebê , conversando sobre roupinhas , acessórios.
- Luan deve ter ficado tão bobo , quando descobriu não é ?
- (risos) Ficou sim , assim como eu também.

{ ... }

No mês de maio tudo estava pronto , minha bolsa e do bebê já estavam arrumadas e só esperava o momento de ir para o hospital. A primeira semana de maio se passou e nada do Vitor Rafael , querer sair , esperamos mais uma semana e foi justamente naquela que aconteceu. Um certo dia de madrugada comecei a sentir forte dores , eu estava sozinha em meu apartamento e era aproximadamente 02:30 da manhã.
A cada minuto as dores ficava forte , fiquei sentada na cama eu tinha esquecido completamente que seria naquela semana que o Vitor Rafael iria nascer, por isso fiquei com uma compressa quente em cima da barriga , porém as contrações ficava
cada vez mais forte.
Luan não estava em Londrina e só chegaria no dia seguinte , então ele não iria está presente no nascimento do filho , isso eu já estava conformada. Liguei para a casa dos seus pais , mas ninguém atendi , resolvi então pegar a duas bolsas.
Sai do apartamento ainda sentindo muita dor , fui até a portaria mas não era o João que estava e sim outra pessoa. Me perguntando se eu me sentia bem , pedi que ele me ajudasse a chegar em meu carro. Já dentro do carro fui ligando para todos.
Primeiro para a minha doutora , a Emilly. Ela já estava no hospital e me aguardava , era apenas falar o meu nome e eu já iria para a sala de cirurgia. Liguei para o Luan também , porém não entendi o que ele falava , era um barulho muito grande, desliguei quando senti mais uma contração e dessa vez a mais forte , freei o carro bruscamente e respirei fundo.
O meu celular começou a tocar , era o Luan :
- Luan ? – falei desesperada.
- Oi amor , ligando essa hora. O que aconteceu ?
- Eu acho que o bebê vai nascer – disse ofegante.
- Agora ? – ele perguntou surpreso.
- Sim ! Ele quer nascer agora , então tem que ser. Não aguento mais de tanta dor , pelo amor de Deus , tenta falar com sua mãe , porque eu já tentei e nada.
- Eles vão para o seu apartamento.
- Não ! Eu não estou no apartamento.
- Onde você está ?
- Peguei o meu carro para chegar rápido no hospital , estou na estrada ... AAÍ !
- Aí ? Bárbara você ficou maluca ? Sozinha indo para um hospital ? Onde você está ?
- Minha bolsa rompeu !
- Bolsa ? Que bolsa ?
- Vou tentar chegar até lá , mas liga pra sua mãe.
- Meu Deus ! Meu filho vai nascer. Respira meu amor , me diz onde você está , em que local , eu mando alguém até aí – disse ao Luan onde eu estava.
Demorou na faixa de 20 minutos quando vi um carro preto se aproximando e parando bem em frente ao meu. Já chorava e vendo aquele carro me bateu o maior medo.
- Bárbara vai para o outro banco – dizia a Marizete , ela ligou o carro e foi para o hospital disparada. No caminho até o hospital , a Marizete me dava maior bronca por eu ter saído no meio da madrugada sentindo contrações e ainda ir dirigindo.

{ ... }

- Sua bolsa estourou menina , corre que esse bebê tem que sair logo – fui recebida pela  a Emilly quando já estava em um corredor. Entramos em um quarto onde me ajudaram a colocar uma roupa azul , era especial , em seguida já fui para a sala de cirurgia. – Você deveria ter chamado uma ambulância. Não pode demorar muito tempo , ele pode ficar sem respirar aqui dentro. Mas vamos ao trabalho , ele já está posicionado direitinho , será normal. Tem que colocar força e pode segurar aqui do lado.
- Normal ? Vai ser normal ? – quase iria fazer um escândalo.
- Vai ser , não tem como ser mais cesárea.
- Vai doer ?
- Não vai Bárbara , vai ser rapidinho – dizia Marizete que não saiu em nenhum momento do meu lado , tentava me acalmar mas era algo impossível.

Segurei a mão da Marizete e colocava força toda vez que vinha uma contração , todos que estavam vendo , me ajudaram , pedindo para que eu fizesse força e não desistisse. 

Um comentário:

  1. Ah que pena que o Luan não ta nesse lindo momento :/ Posta mais Flor ;)

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