Capítulo 11

Um mês se passou e eu recebi uma ligação , iria viajar para a Americana , interior de São Paulo. Iria gravar uma matéria sobre cavalos. E nesse mesmo mês , eu e o Luan completaríamos dois meses de namoro e infelizmente não iríamos ficar juntos , ele tinha o seu trabalho e eu tinha o meu.

Cheguei em Americana , na quinta-feira pela manhã. Fui para o hotel ali tentei falar com o Luan , mas meu celular estava com algum problema. Tentei ligar para todos próximo a ele , mas não pegava. No dia seguinte , ás 10:00 da manhã , estava em um lugar onde tinha uma paisagem linda , tudo verde , com cavalos , era um cenário muito bonito :

- Você já sabe o que faz não é , Bárbara ? – perguntou o Beto.

- Sei sim ...

- Beleza ! Gravando ... – eles ligaram as câmeras e comecei a gravar , mostrando as beleza daquele lugar. Quando olhei para o lado , lá estava o Luan  com uma loira , câmera por todos os lados e muita gente. Os dois andavam de cavalo e parei automaticamente de falar com o Beto :

- O que foi , Bárbara ?

- Eu preciso falar com o Luan , já volto – sai andando e escutando o Beto gritar por mim , queria terminar a matéria logo , para voltar ao hotel e descansar.

Fiquei ao lado da Dagmar e ela não tinha percebido a minha presença :

- Nossa ! Que susto , fazendo o que aqui ? – perguntou Roberval , assim que olhou para trás e me viu perto dele.

- Entrevista !

- Luan sabe que você está aqui ?

- Ele não sabe desde ontem. Eu tento ligar para todos vocês , mas o meu celular não pegada , não é nada de área é o meu celular mesmo.

- Ele já termina a matéria. Daqui a pouquinho fala com você.

- Sem problemas – Luan terminou a sua matéria , cumprimentou a loira e enquanto eles caminhavam até chegar ao pessoal que estava perto de mim , eles conversavam e riam de algo. Meus olhos não saiam dele , parecia a primeira vez que nos encontrava , meu coração batia rápido , as pernas ficaram bambas. Até que ele me olhou e abriu aquele lindo e maravilhoso sorriso em seu rosto :

- Fazendo o que aqui ? – perguntou me abraçando.

- Vim fazer uma matéria.

- Porque não me contou , que seria aqui ?

- Eu acabei de mostrar para a Dagmar , o meu celular está com problemas. E eu não consegui te comunicar , mas que bom te ver aqui.

- Vem cá , deixa eu te apresentar uma pessoa – Luan pegou em minha mão e me levou até a loira , que era modelo. Super linda e bem conhecida.

Não conversamos muito , pois queria conversar a sós com o Luan :

- Aconteceu alguma coisa ?

- Você lembra que dia é amanhã ?

- Sábado ?

- É amanhã é Sábado. Mas é uma data bem especial para nós.

- Data especial ?

- Luan , não brinca.

- Não estou brincando , desculpa eu não sei.

- Luan , temos que ir agora – chamou a Dagmar.

- Depois conversamos – selei seus lábios , me despedi dos outros e voltei até o Beto que me esperava sentado na grama.

Como já tínhamos terminado a matéria , fomos para o hotel. O Beto era diferente dos outros câmeras que eu já trabalhei , ele era mais simpático , mais humilde. E ele me contou alguns problemas que estava passando em seu relacionamento , ele era casado a cinco anos :

- No começo é bom viu , mas depois o negócio esfria – dizia ele.

- Você tinha que fazer coisas diferente com ela. Como por exemplo , levar ela em um parque , viajar, relembrar o tempo de quando vocês se conheceram , ir até o lugar que vocês se beijaram pela a primeira vez , alguma coisa assim.

- E você e o Luan ?

- Eu e o Luan ? Estamos bem.

- Certeza ?

- Sim ! – saímos do hall do hotel e cada um foi para o seu quarto.

{ ... }

Acordei após o almoço e fui para o hall do hotel , tentei concertar o meu celular , mas não tinha jeito. O Beto passava e resolvi pedi emprestado o seu celular  , ele me deixou com o seu celular enquanto ia almoçar.

Disquei o número e apaguei inúmeras vezes. Digitei o número última vez , fechei os meus olhos e escutei chamar. Chamou , uma , duas , três , vezez , já estava desistindo quando o Luan atendeu , tossindo um pouco e com a sua respiração ofegante :

- Alô ... – ele dizia do outro lado da ligação , desliguei o telefone  apaguei o número da chamada e fui atrás do Beto.

- Obrigada , Beto !

- Foi rápido , hein ?

- (risos) A conversa era rápida mesmo – fui comer alguma coisa , até que o meu celular começou tocar , era a minha mãe. – Oi mãe !

- Filha , liguei muito para o seu celular.

- Desculpa , mãe ! Meu celular não quis pegar , não sei o que houve , também estava fazendo uma matéria , cheguei cansada e dormi.

- Eu entendo , filha. Eu estou chegando em Londrina , segunda-feira.

- Sério , mãe ?

- Sim !

- Que bom ! Depois de tanto tempo , a gente vai se ver. Olha , quando você chegar em Londrina , eu preciso te apresentar uma pessoa.

- Uma pessoa ? Namorado ?

- É ... um namorado.

- Quem é ?

- Quando você chegar te apresento.

- Tudo bem !

- Mãe , o meu pai apareceu no casamento da Juliane ?

- Apareceu , Bárbara. Entrou com ela na igreja , porque ?

- Queria conversar com ele.

- Sobre o seu suposto namorado ?

- Sim , mas acho que ele não vai aceitar.

- Quem é ele ? Conheço ?

- Conhece sim , eu acho. Eu vou desligar , mãe. Vou terminar de comer e depois conversamos.

- Tudo bem , filha. Fica com Deus ! – encerrando o telefonema , voltei a comer. E assim que terminei , novamente o meu celular tocou dessa vez  era privado , atendi ligeiramente para não perder a chamada :

- Alô !

- Bárbara ?

- Quem é ?

- Não está reconhecendo a voz não , amor ?

- Luan ?

- Tem mais outra pessoa que te chama de amor ?

- Minha mãe , ás vezes – ri.

- É , mas eu tenho a voz da sua mãe ?

- (risos) Não !

- Tudo bem ! Bárbara , pode me lembrar que data especial é amanhã ? Eu não lembro , sério – ele riu em seguida.

- Para de brincar com isso.

- (risos) Você que eu iria esquecer do nosso segundo mês de namoro ? Não meu amor. Não iria fazer isso.

- A Dagmar deve ter falado pra você.

- Ela não me falou nada. Eu só estava fazendo charme , pra ver o que você iria falar. Mas deve ter ficado chateada não é ?

- Lógico que fiquei , é uma data especial.